domingo, 28 de outubro de 2007

Dia da criança na Casa de leitura de Matias

28 de outubro de 2007
E chegou o dia da criança. Qual melhor ocasião para organizar uma festa com os meninos da Casa de leitura de Matias? Projeção de fotografias, futebol, brincadeiras e... um saboroso lanche. Que mais?






sábado, 15 de setembro de 2007

Encontro de formação das monitoras da Casa de leitura de Matias

15 de setembro de 2007
Dois dias de formação para as monitoras da Casa de leitura de Matias no Centro pastoral Nossa Senhora Aparecida do Bairro Anatólia em João Pessoa. Palestrantes: Francinete, Amparo, João e Joselita. Ao encontro participaram também alguns jovens voluntários da paróquia: uma ocasião a mais para trocar ideias e experiências




terça-feira, 19 de junho de 2007

Inaugurada a Casa de leitura na comunidade quilombola de Matias

18 de junho de 2007
Para chegar à comunidade quilombola de Matias é preciso pegar uma pista que de Serra Redonda leva ao povoado em 40 minutos de caminhada agradável. Mas durante a temporada das chuvas, por causa dos buracos e da muita lama quase não da para chegar nem com um carro 4x4. Neste lugar perdido e esquecido moram acerca de 35 famílias afrodescendentes, com pouca terra para o cultivo e muito menos para comer. Não da para perceber se ficarmos olhando o lugar de longe, sendo que as pequenas moradias parecem quase parte de um cenário encantado, muitas delas agarradas no topo de íngremes morros. Mas é só se aproximar e entrar nas casas, sobretudo naquelas de taipa, para enxergar a extrema, mesmo se decorosa miséria na qual o povo vive. Há três anos Luís, Francimar e outros integrantes de AACADE, estão ajudando a comunidade através de alguns pequenos projetos e aos poucos a situação está melhorando. Um dos majores problemas não resolvidos é a qualidade da educação básica. 50 crianças estão cursando até a quarta serie, mas quase a metade não sabe ler e escrever. As turmas são multisseriadas com alunos de idade muito diferenciada: de 6 a 9 anos na primeira turma e de 9 a 17 na segunda. Não é por acaso que são vários os alunos que desistem da escola sem ter alcançado a alfabetização básica. Frente a esta situação dramática, Casas de leitura decidiu propor um projeto de reforço para ajudar os meninos mais problemáticos. Fizemos uma reunião de avaliação com as três professoras, com a secretária da educação da prefeitura e com os pais. Com a ajuda da liderança comunitária Eliane Bento, escolhemos como monitoras Ivanilde e Maria, duas moças da comunidade que estão cursando o oitavo ano no colégio em Serra Redonda. João Irineu, mestrando em Letras, ajudará na formação das monitoras e no acompanhamento do projeto. As 24 crianças escolhidas foram divididas em quatro turmas e, finalmente, no dia 18 de junho começaram as atividades.





domingo, 27 de maio de 2007

As linhas-guia do projeto de leitura na Beira da linha

25 de maio de 2007
Voltamos de novo ao centro de Beira da linha. Uma boa ocasião para Bené nos repassar algumas preciosas informações sobre a realidade do bairro e refletir sobre as linhas-guia do projeto de leitura.
A constituição sócio-espacial da comunidade Beira da Linha ocorreu, sobretudo a partir do processo de migração dos camponeses vindos do interior do estado da Paraíba, que a partir da década de cinquenta, vieram trabalhar na reconstrução da Rede Ferroviária Federal. Atualmente os moradores da comunidade, cerca de 500 famílias, vivem, especialmente, do trabalho informal, são vendedores ambulantes, pedreiros, eletricistas, domésticas, pintores, biscateiros, agentes de limpeza e serviços gerais, vigias, comerciários, entre outros. Dentre os moradores mais idosos, um conjunto expressivo vive de pensão do INSS. Entre os mais jovens, no entanto, há muitos adolescentes e jovens integrando o mundo do tráfico e consumo de drogas, além do álcool que provoca alto índice de violência, causando inclusive rivalidades, brigas e vários óbitos na comunidade e no bairro. A fim de contribuir ou garantir o sustento de si ou contribuir com o mantenimento da família, geralmente na fase da adolescência as meninas e, sobretudo os meninos são aliciados para ingressar no mundo do trabalho e do tráfico. Não há entre as famílias um ambiente que estimule o estudo como meio de ampliação do repertório cultural, os espaços físicos das residências são precários e o incentivo para o mundo do letramento é ambíguo. De forma geral os país e mães ou tutores dos meninos e meninas são analfabetos, fato que dificulta no processo de monitoramento do aprendizado dos filhos. O grupo etário de 12 aos 18 anos na comunidade tem entre dois e quatro anos de defasagem escolar e elevado índice de ausência na escola formal. Mesmo aqueles que a idade corresponde com a série têm ainda muita dificuldade de ler e interpretar um texto simples. As bibliotecas nas escolas não são acessíveis aos educandos e o incentivo a prática de leitura nos estabelecimentos de ensino inexistente. Diante desta realidade o Projeto Beira da Linha, através do programa Alto da Leitura, apoiado pelo Instituto C&A de Desenvolvimento Social e o Projeto Casa de Leitura, irá promovendo ações de incentivo a Leitura para promover a difusão do livro de literatura no bairro Alto do Mateus, especialmente na comunidade Beira da Linha, a fim de qualificar as práticas de leituras entre o público infanto-juvenil e estimular a formação de novos leitores. No que concerne a gestão do Espaço de Leitura procuraremos qualificar o acesso das crianças e dos adolescentes as práticas de leituras desenvolvidas pelo Projeto Alto da Leitura, intensificando as atividades e ampliando o horário de permanência dos educandos no Espaço de Leitura. O Espaço de Leitura será aberto de terça a sexta-feira nos dois horários, (manhã e tarde), com atividades permanentes de leitura e empréstimos.



quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Primeira visita ao centro Beira da linha

No dia 8 de novembro voltamos a Alto do Mateus para conhecer um pouco da realidade do bairro e do projeto Beira da linha. Bené nos guiou ao centro e mostrou o possível lugar onde realizar a sala de leitura. Mofo, humidade, paredes estragadas, livros e objetos numa desordem desoladora. E, pior ainda, a biblioteca presa atrás de uma grade de ferro. Logo cedo foi claro que o desafio seria tido grande.